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O Treinamento funcional, de maneira abrangente, utiliza os padrões fundamentais do movimento humano em sua metodologia. Empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, transportar, dentre outros, fazem parte destes exercícios. Originário da fisioterapia e reabilitação, o treinamento funcional passou a ser utilizado por profissionais da área da educação física para melhora do desempenho físico e prevenção de possíveis lesões dos praticantes de exercícios. São exercícios específicos por ocupação e prática desportiva.

 

Pode ser praticado por pessoas que realizam atividades de vida diária como cortar grama, limpar a casa ou transportar objetos no trabalho e necessitam de melhorar essas funções, bem como esportes específicos. A intenção é aprimorar o movimento, qualquer que seja ele, nas sessões de treinamento realizado em um meio controlado e seguro para haver maior transferência para a atividade externa. Por exemplo, os exercícios de musculação são importantes para os mais diversos esportistas, porém, as transferências que este treinamento traz para a parte prática são poucas quando comparadas ao treinamento funcional, que explora os movimentos específicos dos esportes onde são reproduzidos os chutes, mudanças de direção, saltos, acelerações e desacelerações, equilíbrio dinâmico, dentre outros. Resumindo, este treinamento visa melhorar a função do seu corpo, dentro ou fora de casa.

 

Atualmente com vários adeptos e muito difundido no Brasil, o treinamento funcional tem forte influência dos Estados Unidos, país que mais estuda, aplica e publica os principais estudos sobre o tema. Na área de treinamento tem como princípio preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente, com grande ativação da musculatura central do corpo, conhecida como Core. O core pode ser definido como uma unidade funcional integrada que produz força e estabilização contra cargas externas. Ele distribui peso, absorve e transfere forças de reação no solo e mantém a eficiência dos movimentos, além de auxiliar o alinhamento do equilíbrio postural. O seu grupamento é constituído por 29 pares de músculos e o trabalho do core pode ser dividido de duas formas: força do core e estabilidade do core.

 

Quando falamos em estabilidade do core, utilizamos os músculos profundos como os multífidos, que são recrutados milésimos de segundos antes do macro movimento, com o intuito de gerar a estabilização do corpo. Já a força do core engloba as camadas de músculos mais externos, como os oblíquos do abdômen. Estes músculos são acionados após a contração da musculatura local e sua função é gerar movimento. Entendendo a importância do Core através da integração corporal.

 

O corpo humano é projetado para funcionar como uma unidade. Uma enorme sincronização neuromotora existe para produzir qualquer movimento desejado. Em cada movimento, vários músculos estão envolvidos e possuem duas distintas funções: um grupo estabiliza as articulações e outro grupamento tem a função de movimentá-las. O sistema nervoso central possui inúmeras funções, e dentre elas, é responsável pela ativação muscular e programação para organizar esses movimentos. Ao recebermos uma informação do ambiente, o órgão do sentido em questão capta a informação do ambiente e a encaminha por meio das vias aferentes do mecanismo perceptivo, onde será processado pelo mecanismo de decisão. Por sua vez, este envia uma resposta através das vias do mecanismo efetor, concluindo o ciclo com a resposta do sistema muscular.

 

Na atividade física a coluna está suscetível a forças devido ao sistema de integração, e exige ativação da musculatura do core para manter a sua estabilidade. Os músculos dessa região demonstraram repetidamente sua importância em manter a estabilidade da coluna em várias situações do dia-a-dia.

 

 Devido a este complexo sistema, o treinamento funcional traz vários benefícios ao corpo, dentre eles:

 

Desenvolvimento do controle corporal;

 

Melhora da postura;

 

Melhora na ativação da musculatura do core;

 

Diminuição da incidência de lesões;

 

Melhora do desempenho atlético;

 

Ganho de estabilidade articular;

 

Aumento da eficiência dos movimentos;

 

Melhora do equilíbrio estático e dinâmico;

 

Melhora da coordenação motora;

 

Melhora da flexibilidade e propriocepção.

 

 Para conquistar os reais benefícios do treinamento funcional são necessários cuidados particulares. Excelência na orientação e correção dos movimentos são elementos fundamentais.

 

Respeitar a progressão dos exercícios, evoluir dos menos complexos para os mais elaborados, progressão de base estável para instável e nunca avançar em um movimento desde que não tenha explorado e dominado seu exercício antecessor, são alguns destes cuidados.

 

Infelizmente o treinamento funcional tem sido realizado por grande parte dos profissionais sem orientação técnica e com base em vídeos e arquivos da internet, onde visualizam estes dados e aplicam com seus alunos, muitas vezes sem saber a real utilidade daquele exercício e se ele realmente ajuda em alguma função. Como conseqüência, vídeos são postados por estes ‘novos atuantes’ e os movimentos descaracterizados poluem o meio virtual, que não tem embasamento científico nas suas criações.

 

Desta maneira, consultar um profissional especializado na área de treinamento funcional que possua boa voz de comando e correção de movimentos intermitente é o melhor caminho para prevenir lesões e alterações posturais negativas, beneficiando-se assim das vantagens deste método.